Para ler, entender e divulgar um jardim

O “Guia Botânico da Praça da República e do Jardim da Luz” (1919)

Autores

  • Marta Enokibara Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo. Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC). Universidade Estadual Paulista (UNESP) https://orcid.org/0000-0002-4790-7756

Palavras-chave:

Jardim da Luz, Praça da República, Alfred Usteri, Guia botánico, repertório vegetal, Estado de São Paulo, Brasil

Resumo

O “Guia Botânico da Praça da República e do Jardim da Luz” foi elaborado pelo botânico suíço Alfred Usteri (1869-1948) e publicado em 1919. A intenção era “tornar os parques susceptíveis de serem lidos e entendidos pelos leigos curiosos de se iniciarem em história natural”. Mas, além da instrução, pretende-se explorar neste artigo como o Guia foi um importante material de divulgação. Assim, neste artigo, pretende-se elucidar como esse Guia e alguns dos profissionais envolvidos diretamente ou indiretamente em sua elaboração, contribuíram para a difusão de um repertório vegetal e paisagístico no Estado de São Paulo.

Downloads

Biografia do Autor

Marta Enokibara, Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo. Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC). Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Arquiteta e Urbanista pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCAMP) e doutora em Estruturas Ambientais Urbanas pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Professora no curso de graduação (desde 1995) e no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (desde 2013) da Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design (FAAC) da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus na cidade de Bauru, Estado de São Paulo, Brasil. Membro da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP) e vice-coordenadora do Grupo de Pesquisa em Sistemas Integrados Territoriais e Urbanos (SITU), sediado na FAAC/UNESP-Bauru.

Referências

Albuquerque, J.P. (2021). Os “Instantâneos Cruéis” de Monteiro Lobato. Recuperado de: https://brasilianafotografica. bn.gov.br/?tag=joao-pedro-de-albuquerque.

Angélico, T. (2020). Circulação das plantas nos jardins. Estudo sobre a Tipuana (Tipuana tipu). Trabalho final da disciplina Repertório vegetal e paisagístico na construção do território paulista. Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo. Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design. Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Bauru.

Berjman, S. (1998). Plazas y Parques de Buenos Aires. La obra de los paisajistas franceses. 1860-1930. Buenos Aires, Argentina: Fondo de Cultura Económica.

Carvalho, G.B. (2019). A contribuição de Frederico Carlos Hoehne na difusão de espécies nativas para a arborização urbana. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design, Universidade Estadual Paulista. Recuperado de: http://hdl.handle.net/11449/183400

Carvalho, G.B. (2020). A contribuição de Frederico Carlos Hoehne na difusão de espécies nativas para a arborização urbana. Recuperado de: https://www.estantedaanap.org/product-page/a-contribui%C3%A7%C3%A3o-de-frederico-carlos-hoehne-na-difus%C3%A3o-de-esp%C3%A9cies-nativas

Dourado, G.M. (2011). Belle Époque dos Jardins. São Paulo, Brasil: SENAC.

Enokibara, M. (2016a). Organizações Dierberger (1893-1940). Paisagem e Ambiente, 38, pp. 35-54. Recuperado de: https://doi.org/10.11606/issn.2359-5361.v0i38p35-54

Enokibara, M. (2016b). As ciências naturais e a arte dos jardins no Brasil (século XIX). En: Fontes, M. S. G. C., Faria, O. B. y Salcedo, R. F.B. (Orgs.). Pesquisa em arquitetura e urbanismo: fundamentação teórica e métodos. (pp.107- 120). São Paulo, Brasil: Cultura Acadêmica. Recuperado de: https://www.culturaacademica.com.br/catalogo/ pesquisa-em-arquitetura-e-urbanismo/

Enokibara, M. (2016c). A grelha e a praça: variações tipológicas no Oeste Paulista. En: 6th Euro-American Congress on Construction Pathology, Rehabilitation Technology and Heritage Management. (pp. 267-277). Burgos, España: University of Cantabria.

Enokibara, M.y Romero, L.B. (2019). Alberto Löfgren e o estudo sobre os nomes populares das plantas “indígenas” do estado de São Paulo (1894). En: Constantino, N.R.T., Rosin, J.A.R.G. y Benini, S.M., Paisagem: natureza, cultura e o imaginário. (pp. 89-112). Tupã, Brasil: ANAP. Recuperado de: https://www.amigosdanatureza.org.br/ biblioteca/livros/item/cod/162.

Escola Polytechnica (1908). Annuario da escola politécnica de Sao Paulo para o anno de 1908. (p.48). São Paulo: Brasil.

Fioravanti, C. (2005). À flor da terra. Revista Pesquisa FAPESP, 113, pp. 54 – 57. Recuperado de: https:// revistapesquisa.fapesp.br/wp-content/uploads/2005/07/054-057-botanica.pdf

Frazão, D. (2021). Monteiro Lobato. Escritor Brasileiro. Recuperado de: https://www.ebiografia.com/monteiro_lobato/

Goes, R. N. (2021). O Horto do Museu Paulista (1898-1928). Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design, Universidade Estadual Paulista.

Guaraldo, E. (2020). Repertório e Identidade. A formação da paisagem e dos espaços públicos brasileiros. Um estudo em São Paulo. Campo Grande, Brasil: UFMS. Recuperado de: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3545

Hoehne, F.C. (1925). Álbum da Seção de Botânica do Museu Paulista e suas dependências. São Paulo, Brasil: Livraria Liberdade.

Löfgren, A. (1906). Notas sobre as plantas exóticas introduzidas no Estado de São Paulo. Revista Agrícola.

Lorenzi, H. (2003). Árvores exóticas no Brasil: madeireiras, ornamentais e aromáticas. Nova Odessa, Brasil: Instituto Plantarum.

Luederwaldt, H. (1919). Observações sobre as consequências da geada, sobre a flora indígena e estrangeira representada no Horto Botânico do Museu Paulista e suas imediações. Revista do Museu Paulista, Tomo XI, pp.437 a 450.

Luederwaldt, H. (1918). O Herbario e o Horto Botanico do Museu Paulista. Revista do Museu Paulista, pp.285 a 312.

Marcolin, N. (2013). Cientistas e diletantes. Revista FAPESP. Recuperado de: https://revistapesquisa.fapesp.br/ wp-content/uploads/2013/01/090-091_Memoria_203.pdf

Moryama, C. (2012). O curso profissionalizante de agricultura da Escola Prática Luiz de Queiroz – Ensaio de Catalogação. Processo FAPESP nº 2010/16871-2.

Prefeitura Municipal de São Paulo. (2008). A casa do administrador: Parque Jardim da Luz. Prefeitura Municipal de São Paulo. Recuperado de: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/livro_casa_ luz_1253304415.pdf

Prontuários da Escola Politécnica. Alfred Usteri. Arquivo Histórico da Escola Politécnica de São Paulo.

Retto Jr, A.S., Enokibara, M. y Constantino, N.R. (2012). The theoretical and technical knowledge on the configuration and reconfiguration of the cities emerged from the opening of pioneer zones in the West of São Paulo - Brazil. En 15th International Planning History Society - IPHS. (pp.1 - 12). São Paulo, Brasil: FAU-USP.

Rocha, Y.T. e Cavalhero, F. (2001). Aspectos históricos do Jardim Botânico de São Paulo. Revista Brasileira de Botânica, 4(24), pp. 577-586. Recuperado de: https://doi.org/10.1590/S0100-84042001000500013

Rodrigues, J.B. (1895). Hortus Fluminensis ou breve notícia sobre as plantas cultivadas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro para servir de guia aos visitantes por J. B. Rodrigues, Director do mesmo Jardim, 1893. Rio de Janeiro, Brasil: Tipografia Leuzinger.

Romero, L.B. (2019). O serviço de distribuição de mudas e sementes e o fomento à arborização urbana do Estado de São Paulo no início do século XX. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design, Universidade Estadual Paulista – UNESP. Recuperado de: http://hdl.handle.net/11449/191021

Santos, L.M. (2021). A atuação da firma Dierberger na capital paulista (1893 a 1928): região ao sul da Avenida Paulista. Processo FAPESP nº 2019/21676-9.

Santos, R.A. (2021). Os Instantâneos Cruéis de Monteiro Lobato. Recuperado de: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?tag=joao-pedro-de-albuquerque

Savio, G.M.B. (2021). A atuação da firma Dierberger na capital paulista (1893 a 1928): região ao norte da Avenida Paulista. Processo FAPESP nº 2019/21678-1.

Siguemoto, L. (2012). O curso de engenheiros agrônomos da Escola Politécnica de São Paulo – Ensaio de catalogação. Processo FAPESP nº 2010/16870-6.

Silva, R.B. (2012). Breves reflexões sobre os textos jornalísticos de Monteiro Lobato. Revista Ciências Humanas –UNITAU, 1-2(5), pp. 37-48. DOI: http://memoria.bn.br/hdb/periodico.aspx

Site Jstor Global Plants. Recuperao de: https://plants.jstor.org/stable/10.5555/al.ap.person.bm000008686

Site Patrimônio Belga No Brasil. Recuperado de: http://www.belgianclub.com.br/pt-br/creator/puttemans-ars%C3%A8ne-1873-1937.

Tiseo, J. R., Enokibara, M. (2021). Hortos Botânicos na cidade de São Paulo do início do século XX. En: Enokibara, M., Benini, S.M. y Pasquotto, G.B., Anais do II Simpósio Brasileiro sobre Cidade, Paisagem e a Natureza. Tupã, Brasil: ANAP. Recuperado de: https://www.eventoanap.org.br/data/inscricoes/10476/form5063292211.pdf

Usteri, A. (1905). Contribuição para o conhecimento das flores das coníferas. Revista da Sociedade Scientifica de São Paulo, 2, pp. 83-89.

Usteri, A. (1906). Contribuição para o conhecimento da flora dos arredores de S. Paulo. Annuario da Escola Polytechnica de São Paulo: para o anno de 1906, 6.

Usteri, A. (1907a). Estudo sobre a Carica Papaya L. Annuario da Escola Polytechnica de São Paulo: para o anno de 1907, 7.

Usteri, A. (1907b). Deux nouveaux Piperacées de I’herbier de L’Ecole Polytechnique de S. Paulo. Annuario da Escola Polytechnica de São Paulo: para o anno de 1907, 7.

Usteri, A. (1907c). Contribuição para o conhecimento da flora dos arredores de S. Paulo. Annuario da Escola Polytechnica de São Paulo: para o anno de 1907, 7.

Usteri, A. (1908). Contribuição para o conhecimento da flora dos arredores de S. Paulo. Annuario da Escola Polytechnica de São Paulo: para o anno de 1908, 8.

Usteri, A. (1911). Flora der Umgebung der Stadt São Paulo in Brasilien. Jena, Alemania: Verlag von Gustav Fischer.

Usteri, A. (1919). Guia Botânico do Jardim da Luz e da Praça da República. Prefácio. São Paulo, Brasil: Melhoramentos. Recuperado de: http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=livrossp&pagfis=20812

Anales 52(1): Enokibara

Publicado

2022-04-30

Como Citar

Enokibara, M. (2022). Para ler, entender e divulgar um jardim: O “Guia Botânico da Praça da República e do Jardim da Luz” (1919). Anales Del Instituto De Arte Americano E Investigaciones Estéticas "Mario J. Buschiazzo", 52(1). Recuperado de https://iaa.fadu.uba.ar/ojs/index.php/anales/article/view/38

Edição

Seção

Artículos

ARK